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terça-feira, 31 de julho de 2018

Elmer - O elefante XADREZ


Este livro vai trabalhar as diferenças e  como superar de uma forma muito alegre.



ELMER - O ELEFANTE XADREZ


 


Era uma vez uma manada de elefantes. Elefantes novos, elefantes velhos, elefantes altos, magros ou gordos. Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes, mas todos felizes e todos da mesma cor. Todos, quer dizer, menos o Elmer.
O Elmer era diferente.
O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo e cor de laranja e encarnado e cor-de-rosa e roxo e azul e verde e preto e branco.
O Elmer não era cor de elefante.
Era o Elmer que mantinha os elefantes felizes. Às vezes era ele que pregava partidas aos outros elefantes, às vezes eram eles que lhe pregavam partidas. Mas quando havia um sorriso, mesmo pequenino, normalmente era o Elmer que o tinha causado.
Uma noite o Elmer não conseguia dormir; estava a pensar, e o pensamento que ele estava a pensar era que estava farto de ser diferente. “Quem é que já ouviu falar de um elefante aos quadrados”, pensou ele. “Não admira que se riam de mim.” De manhã, enquanto os outros ainda estavam meio a dormir, o Elmer escapou-se muito de mansinho, sem ninguém dar por isso.

Enquanto atravessava a floresta, o Elmer encontrou outros animais.
Todos eles diziam: “Bom dia, Elmer.” E de cada vez o Elmer sorria e dizia: “Bom dia.”
Depois de muito andar, o Elmer encontrou aquilo que procurava – um grande arbusto. Um grande arbusto coberto de frutos cor de elefante. O Elmer agarrou-se ao arbusto e abanou-o e tornou a abaná-lo até que os frutos terem caído todos no chão.
Depois de o chão estar todo coberto de frutos, o Elmer deitou-se e
rebolou-se para um lado e outro, uma vez e outra vez. Depois pegou em cachos de frutos e esfregou-se todo com eles, cobrindo-se com o sumo dos frutos, até não haver sinais de amarelo, nem cor de laranja, nem de encarnado, nem de cor-de-rosa, nem de roxo, nem de azul, nem de verde, nem de preto, nem de branco. Quando o acabou, Elmer estava parecido com outro elefante qualquer.
Depois o Elmer dirigiu-se de regresso à manada. De caminho voltou a passar pelos outros animais. Desta vez cada um deles disse-lhe: “Bom dia, elefante.” E de cada vez que Elmer sorriu e disse: “Bom dia”, muito satisfeito por não ser reconhecido. 
Quando o Elmer se juntou aos outros elefantes, eles estavam todos muito quietos. Nenhum deles deu pelo Elmer enquanto ele se metia no meio da manada.
Passado um bocado o Elmer sentiu que havia qualquer coisa que não estava bem. Mas que seria? Olhou em volta: a mesma selva de sempre, o meu céu luminoso de sempre, a mesma nuvem escura que aparecia de tempos em tempos, e por fim os mesmos elefantes de sempre. O Elmer olhou para eles.
Os elefantes estavam absolutamente imóveis. O Elmer nunca os tinha visto tão sérios. Quanto mais olhava para os elefantes sérios, silenciosos, sossegados, soturnos, mais vontade tinha de rir. Por fim não conseguia aguentar mais. Levantou a tromba e berrou com quanta força tinha: 
BUUU!
Com a surpresa, os elefantes deram um salto e caíram cada um para seu lado. “São Trombino nos valha!”, disseram eles, e depois viram o Elmer a rir perdidamente. “Elmer”, disseram eles. “Tem de ser o Elmer.” E depois s outros elefantes também se riram como nunca se tinham rido.
Enquanto se estavam a rir a nuvem escura apareceu, e quando a chuva começou a cair em cima do Elmer os quadrados começaram a aparecer outra vez. Os elefantes não paravam de rir enquanto o Elmer voltava às cores do costume. “Oh Elmer”, ofegou um velho elefante. “Já tens pregado boas partidas, mas esta foi a melhor de todas. Não levaste muito a mostrar as tuas verdadeiras cores.”
“Temos de comemorar este dia todos os anos”, disse outro. “Vai ser o dia do Elmer. Todos os elefantes vão ter de se pintar e o Elmer vai-se pintar de cor de elefante.”
E é isto mesmo que os elefantes fazem. Num certo dia do ano, pintam-se todos e desfilam. Nesse dia, se vires um elefante com a cor vulgar de um elefante, já sabes que deve ser o Elmer. 


Texto de David Mckee

segunda-feira, 30 de julho de 2018

O Pequeno Príncipe e os significados


Encontrei na net recomendo ...

Ao final do texto tem o site de onde foi retirado deem uma olhada é muito bom.


Livro O Pequeno Príncipe

Significado do Livro O Pequeno Príncipe

“O Pequeno Príncipe" é uma obra literária do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, que conta a história da amizade entre um homem frustrado por ninguém compreender os seus desenhos, com um principezinho que habita um asteroide no espaço.
O título original é Le Petit Prince, publicado pela primeira vez em 1943 nos Estados Unidos.
Este livro é marcado pelo seu alto teor filosófico e poético, mesmo sendo considerado uma literatura para crianças.
"O Pequeno Príncipe" é o terceiro livro mais traduzido do mundo, contabilizando aproximadamente mais de 160 idiomas, e um dos mais vendidos por todo o planeta.
A parábola do "Pequeno Príncipe" debate, entre outras questões filosóficas, a perda da inocência e fantasia ao longo dos anos, conforme as pessoas vão crescendo e abandonando a infância.
Este livro ganhou diversas adaptações, seja no cinema ou em espetáculos teatrais e musicais.

Resumo do Livro O Pequeno Príncipe

O autor do livro é o personagem principal da história, que assume também o papel de narrador, contando sobre o fatídico dia em que seu avião teria caído no meio do deserto do Saara.
Lá, o personagem principal adormece e ao acordar se depara com o Pequeno Príncipe, que pede para que ele desenhasse um cordeiro numa folha de papel.
O protagonista é frustrado em relação aos seus desenhos, pois nunca ninguém conseguia interpretar as suas artes da forma correta.
Ao longo da história, o Pequeno Príncipe vai narrando as suas aventuras para o protagonista.
O jovem estaria a procura de um carneiro para comer as árvores que estariam crescendo em excesso em sua terra, um asteroide conhecido por B 612, que teria apenas uma rosa vermelha e três vulcões, sendo que um deles está inativo.
Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o protagonista vai percebendo como as pessoas deixam de dar valor as pequenas coisas da vida conforme vão crescendo.

Análise de Frases do Livro O Pequeno Príncipe

Frase 1
Esta obra literária aborda em várias partes o valor das coisas. Através desta afirmação da Raposa, podemos concluir que o verdadeiro valor de algo ou de alguém não pode ser visto com uma visão superficial. Para conhecer o que é essencial é preciso ver com o coração, ou seja, tirar tempo para conhecer, olhar sem preconceito e sem discriminar.
Frase 2
Esta frase descreve o laço afetivo existente entre o Pequeno Príncipe e a Rosa. Podemos concluir com esta frase que o que torna as coisas ou pessoas importantes é o tempo que nós investimos nelas. Quanto mais tempo, mais importante se torna nas nossas vidas.
Frase 3
Com esta declaração, a Raposa expressa o carinho que sente pelo Pequeno Príncipe. O mesmo acontece entre pessoas que gostam uma da outra, existe esse sentimento de antecipação quando se sabe que vai haver um encontro.
Frase 4
As duas estruturas mencionadas (muros e pontes) servem para designar atitudes no contexto da interação social. Os muros servem para criar uma separação entre dois lugares, enquanto as pontes têm a função oposta, ou seja, são construídas para conectar dois lugares. Assim, quem é solitário se afasta das outras pessoas, construindo muros e não pontes.
Frase 5
Esta frase revela o perigo e a insensatez de generalizar e julgar e avaliar uma pessoa por alguma coisa que aconteceu no passado. Isso também pode ser aplicado ao tópico da discriminação e preconceito racial. Só porque alguém foi magoado por uma pessoa de uma determinada classe, raça, gênero ou grupo social, não significa que todas as pessoas são iguais.
Frase 6
O fenômeno de “cativar” algo ou alguém é amplamente abordado neste livro. Esta frase explica que quando é formado um relacionamento (seja ele amoroso ou de amizade), as pessoas se cativam e ao cativar, são responsáveis por ela. Isso significa que o amor ou amizade requerem responsabilidade. O Pequeno Príncipe cativou a Rosa e por esse motivo era responsável por ela, dando resposta aos seus desejos e caprichos.

Personagens do Livro O Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe

Pequeno PríncipeO personagem que dá o nome ao livro é um dos dois protagonistas da história. Esta criança vem do asteróide 325 (conhecido na Terra como B-612) e deixa a sua casa e a sua querida rosa, viajando pelo Universo. Nos vários planetas que visita, tem contacto pela primeira vez com adultos e fica espantado com o comportamento adulto e suas incoerências.
O Pequeno Príncipe representa a infância inconsciente dentro de cada adulto, simbolizando sentimentos de amoresperança e inocência

O Piloto

O PilotoAssume o protagonismo da história juntamente com o Pequeno Príncipe, e tem a função de narrador. Quando era criança, o piloto tinha o sonho de ser um artista, mas foi desencorajado por adultos à sua volta. Apesar disso, o piloto faz vários desenhos para o Pequeno Príncipe e revela que a sua visão do mundo é mais parecida com a de uma criança.
Simboliza a atitude de perseguir e lutar pelos sonhos. A sua busca pelo poço no deserto revela a importância de aprender as lições através da exploração pessoal.

A Rosa

A RosaElemento que é objeto do amor do Pequeno Príncipe, mas graças ao seu comportamento contraditório faz com que ele parta em viagem. Tem uma atitude melodramática e orgulhosa e é simultaneamente convencida e ingênua. O Pequeno Príncipe cede aos seus caprichos e cuida muito bem da Rosa, e a sua memória faz com que queira regressar ao seu lar.
Simboliza o amor que deve ser cultivado e cuidado. Apresenta características humanas, tanto boas como más.

A Raposa

A raposaAparece na história de forma repentina e misteriosa e estabelece um relacionamento de amizade com o Príncipe. Apesar de pedir para ser domada pelo seu amigo, a raposa atua não só como pupila, mas como sua tutora, ensinando-lhe valiosas lições.
Representa a sabedoria pois ensina valiosas lições ao Pequeno Príncipe, sendo as mais importantes: só o coração consegue ver corretamente; o tempo que o Pequeno Príncipe passou longe do seu planeta fez com que valorizasse mais a Rosa; o amor implica uma responsabilidade.

O Carneiro e a Caixa

O carneiro e a caixaQuando o Pequeno Príncipe pediu ao Piloto para desenhar um carneiro, não ficou satisfeito com o resultado. Assim, o Piloto desenhou uma caixa, afirmando que dentro dela vivia o carneiro que o Pequeno Príncipe tinha pedido para desenhar.
Simboliza o poder da imaginação, capaz de ajudar a contornar problemas que aparecem no dia a dia. O Pequeno Príncipe fica preocupado que o carneiro coma a sua Rosa. Por esse motivo, o carneiro representa a dualidade da entrega do amor: dá prazer, mas também pode ser uma porta para o sofrimento.

Elefante dentro da Jiboia

O elefante e a jiboiaEste é um desenho feito pelo Piloto e que é revelado ao Pequeno Príncipe. Inicialmente os adultos não entendiam o desenho e o confundiam com um chapéu, porque a jiboia que comeu o elefante assumiu a sua forma. Para explicar o desenho, o Piloto fez uma segunda versão, um raio X que revela o elefante dentro da jiboia.
Esta ilustração pretende demonstrar que nem sempre aquilo que vemos é a realidade. Assim como o primeiro desenho parecia para muitos um chapéu, na vida, muitas coisas não são o que parecem à primeira vista.

A Serpente

A serpenteEste é o primeiro personagem que o Pequeno Príncipe encontra na Terra. É possível fazer um paralelismo com a serpente do livro e a serpente da Bíblia, que convenceu Adão e Eva a comer o fruto proibido, o que resultou na expulsão do Éden. É responsável por enviar o Pequeno Príncipe à sua casa através da sua mordida venenosa.
Representa o fenômeno da morte e apesar de falar por enigmas, não requer tanta interpretação como outros personagens, porque fala com franqueza.
O Rei
O ReiO Pequeno Príncipe encontra o Rei no primeiro planeta que visita. Apesar de pensar que ele governa todo o Universo, o seu poder é vazio, porque ele só pode dar ordenar coisas que aconteceriam mesmo sem que ele mandasse. Ele faz tudo para que o Pequeno Príncipe ficasse com ele, mas como não consegue, o nomeia seu embaixador quando ele vai embora.
É mandão mas tem um bom coração e ensina a lição que “é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar”.

O Bêbado

O BêbadoElemento envolvido em tristeza que afirma que bebe para esquecer a vergonha de beber. O Pequeno Príncipe fica com pena dele, mas ao mesmo tempo fica intrigado com a sua atitude perante a vida.
Representa a ignorância e as pessoas que tentam fugir da realidade ou resolver um determinado problema através de um vício.

O Homem de Negócios

O Homem de NegóciosCompletamente envolvido nos seus cálculos, o Homem de Negócios quase não nota a presença do Pequeno Príncipe. Este personagem se apropria das estrelas, afirmando ser mais rico desse jeito. O Pequeno Príncipe entende que a sua lógica é parecida com a do Bêbado e afirma que não vale a pena ser dono de alguma coisa se não se cuida delas.
Tem a função de caricatura dos adultos, que muitas vezes estão tão envolvidos nos seus negócios que não conseguem aproveitar a vida. É o único personagem criticado abertamente pelo Pequeno Príncipe.

O Acendedor de Lampiões

O Acendedor de LampiõesInicialmente o Pequeno Príncipe pensa que é apenas mais uma pessoa com comportamento ridículo e sem propósito. No entanto, ao verificar a devoção e empenho no seu trabalho, chega a admirá-lo. Tem a tarefa de acender o lampião de noite e apagá-lo de dia, mas o planeta gira muito rápido e o Sol se põe a cada minuto, o que faz com que o seu trabalho seja extenuante.
Simboliza as pessoas que cumprem determinadas tarefas sem pensamento crítico, muitas vezes fazendo coisas sem sentido ou sem entender porquê.

O Geógrafo

O GeógrafoUm homem com bastante conhecimento geográfico e que escreve vários livros. Não obstante a sua inteligência sobre outro lugares, não conhece nada sobre o seu próprio planeta, afirmando que não é a sua função explorá-lo. É ele que recomenda ao Pequeno Príncipe uma visita ao planeta Terra.
Quando o Geógrafo revela que não estuda as flores porque elas não duram para sempre, o Pequeno Príncipe fica preocupado e se arrepende de tê-la deixado.

O Astrônomo

O Astrônomo TurcoO astrônomo turco foi o primeiro humano a descobrir o asteróide B-612, a casa do Pequeno Príncipe. Quando este personagem fez esta descoberta, ninguém acreditou porque ele vestia roupas típicas turcas. No entanto, foi ouvido quando anos mais tarde fez a apresentação com roupas ocidentais.
Representa o problema da xenofobia e racismo na sociedade, onde pessoas são julgadas de acordo com a sua roupa, raça ou local de nascimento.

O Vaidoso

O VaidosoÉ o único habitante no seu planeta e tem uma enorme necessidade de ser reconhecido e elogiado pelos outros. Ele pergunta se o Pequeno Príncipe o admira e pede para que ele diga que é o mais inteligente, mais bonito e mais rico do planeta, o que é estranho par ao protagonista, já que o vaidoso é a única pessoa do planeta.
Este personagem ensina que nós não podemos depender dos elogios dos outros para encontrarmos o nosso valor.
Texto retirado do Site:  https://www.culturagenial.com/livro-o-pequeno-principe/
30/07/2018 ás 21h04min