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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Texto para reuniões pedagógicas


O velho e seu neto
Empatia com os idosos


A velhice é encarada de forma negativa
na sociedade ocidental, o que gera muitos preconceitos.
Mas esse problema é ainda maior em países onde reina o “capitalismo selvagem”, como é o caso do Brasil. Aqui, além de enfrentarem os problemas físicos e psicológicos próprios da idade, os idosos encontram-se desamparados pelo governo e, às vezes, por suas próprias famílias.
Apesar de tudo isso, tentam ou podem conseguir ser felizes, se souberem desfrutar essa etapa da vida munidos da experiência que ela guarda.
Por isso, lá vem história... 


Era uma vez um velho muito velho, quase cego e surdo, com os joelhos tremendo. Quando se sentava à mesa para comer, mal conseguia segurar a colher. Derramava sopa na toalha e, quando, afinal, acertava a boca, deixava sempre cair um bocado pelos cantos.
O filho e a nora achavam aquilo uma porcaria e ficavam com nojo. Finalmente, acabaram fazendo o velho se sentar num canto atrás do fogão. Levavam comida para ele numa tigela de barro e, o que é pior, nem lhe davam o bastante.
O velho olhava para a mesa com os olhos compridos, muitas vezes cheios de lágrimas.
Um dia, suas mãos tremeram tanto, que ele deixou a tigela cair no chão, se quebrando. A mulher ralhou com ele, que não disse nada. Só suspirou.
Depois ela comprou uma gamela de madeira bem baratinha e era aí que ele tinha de comer.
Um dia, quando estavam todos sentados na cozinha, o neto, de quatro anos, estava brincando com uns pedaços de pau.
“O que é que você está fazendo?”, perguntou o pai.
O menino respondeu: “Estou fazendo um cocho, para papai e mamãe poderem comer quando eu crescer”.
O marido e a mulher se olharam durante algum tempo e caíram no choro. Depois disso, trouxeram o avô de volta à mesa. Desde então, passaram a comer todos juntos e, mesmo quando o velho derramava alguma coisa, ninguém dizia nada.

Conto de Irmãos Grimm, citado em “O livro das virtudes”, uma antologia de Wiliam J. Bennet – Contribuição: Cecília Caram.

Esse texto nos sensibiliza por causa da moral que todo conto traz. Então, resolvemos concluir o Lá vem história... deste número com outro texto que tem tudo a ver com o anterior. Esperamos que vocês gostem!!!


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